Enfrentando o dilema do fundador

September 13, 2022

Dilys Chan

Em algum momento, a maioria dos empresários que desenvolvem seus próprios negócios deve se perguntar: "É mais importante ser 'rico' ou ser 'rei'?"

Entre os círculos empreendedores, o acadêmico americano Noam Wasserman é conhecido por seu livro The Founder’s Dilemmas: Anticipating and Avoiding the Pitfalls That Can Sink a Startup. A obra analisa as decisões que os empreendedores tomam nos estágios iniciais do desenvolvimento de suas empresas através dos dados de 10 mil fundadores e 3.500 start-ups.

Wasserman descreve a decisão difícil, mas inevitável, que a maioria dos fundadores costuma enfrentar à medida que suas empresas crescem — ser “rico” ou “rei”.

“Rico” ou “Rei”? A difícil escolha de um empreendedor

Na visão de Wasserman, se os fundadores optarem por ser “ricos”, eles aceitam pegar dinheiro externo para levantar os recursos necessários a fim de capitalizar a empresa. Se eles escolherem os investidores certos, verão a recompensa por meio de ganhos financeiros. No processo, há um sacrifício, pois abre-se mão do controle para esses investidores externos. Os fundadores que optam por ser “ricos” cedem sua influência sobre as principais decisões, ou podem até ter que deixar o cargo de CEO.

Se, em vez disso, os esses empresários escolherem ser “rei”, eles mantêm seu poder e controle sobre a empresa e o conselho. Mas, ao manter seu status de “rei”, eles renunciam a grandes oportunidades de financiamento, podem limitar o potencial de crescimento da empresa e arriscar a falta de recursos.

Qual é a escolha certa para um fundador? A pesquisa de Wasserman conclui que os fundadores que desistem de uma parcela maior de seu patrimônio constroem uma empresa mais valiosa atraindo cofundadores, novas contratações e investidores em comparação com aqueles que não estão dispostos a fazer o mesmo. Ele acredita que esses fundadores acabam com algo melhor, uma empresa mais valiosa. Em sua conclusão, renunciar ao controle é um sacrifício necessário.

Wasserman enxerga o empreendedor como tendo que fazer uma escolha binária, concluindo que os fundadores devem escolher uma coisa ou a outra — seja permanecer no controle ou aceitar financiamento externo — sem meio-termo. Mas um olhar crítico sobre o dilema “rico ou rei” revela que uma abordagem com mais nunaces pode ser possível para as empresas que desejam crescer.

Reformulando o dilema do fundador de ser “rico” X “rei”

Um artigo de opinião de 2019 do fundador Jonathan Thon busca reformular o dilema do fundador. Thon argumenta que a maioria dos fundadores não abre empresas com o objetivo de alcançar riqueza ou poder. Em vez disso, segundo o autor, eles são movidos por uma missão, como alcançar uma mudança de paradigma em seu campo de atuação ou preencher uma lacuna no mercado.

No início, é comum que apenas o fundador veja o mérito e a visão por trás da empresa. Mas à medida que o empreendimento amadurece, ele pode demonstrar com sucesso que a visão original tinha de fato mérito comercial. É nesse ponto que a empresa enfrenta um novo desafio: manter sua visão original, ao mesmo tempo em que preenche uma lacuna na experiência ou obtém uma infusão de financiamento para crescer.

Thon diz que a verdadeira pergunta que os fundadores devem se fazer neste momento é como a empresa pode realizar, da melhor maneira possível, a mudança que ela foi criada para promulgar.

A maioria dos fundadores não abre empresas com o objetivo de alcançar riqueza ou poder. Em vez disso, segundo o autor, eles são movidos por uma missão, como alcançar uma mudança de paradigma em seu campo de atuação ou preencher uma lacuna no mercado.

Dilema do 'rico' ou 'rei': o caminho da Volaris/h3>

Na Volaris, acreditamos que há uma maneira diferenciada de resolver o dilema do fundador. Somos capazes de estruturar negócios de uma forma que seja financeiramente benéfica para os vendedores, mas também gostamos de manter os fundadores em seus lugares e permitir que eles mantenham o controle sobre suas empresas e marcas.

A verdadeira pergunta que os fundadores devem se fazer neste momento é como a empresa pode realizar, da melhor maneira possível, a mudança que ela foi criada para promulgar.

Acreditamos que os fundadores podem desempenhar um papel fundamental na direção estratégica de suas empresas, mesmo depois de vendê-las para nós. Consideramos que os fundadores preenchem mais do que apenas uma posição de gerência — também os apoiamos como líderes que têm a capacidade de levar o negócio a novos patamares que não eram possíveis quando atuavam como operadores independentes. Os fundadores que se juntam a nós têm a oportunidade de ver seu legado continuar enquanto permanecem no comando de suas empresas, se assim o desejarem.

A experiência que um fundador traz para uma empresa é corroborada pelas décadas de experiência do Grupo Volaris na indústria de software de mercado vertical. Nosso profundo conhecimento no setor nos permite fornecer a orientação que algumas de nossas empresas adquiridas estão buscando. Um fundador que entra para a Volaris pode liberar potencial por meio do acesso ao capital, melhores práticas, orientação e novas adições ao seu kit de ferramentas operacionais.

Em última análise, como fundador que busca levar sua empresa ao próximo nível, você tem uma decisão a tomar sobre o que é mais importante para você. Se você busca obter recursos e apoio financeiro para garantir o crescimento de sua empresa, mas quer proteger a reputação que estabeleceu cuidadosamente, talvez queira saber mais sobre a Volaris..